quinta-feira, 26 de agosto de 2010
O novo Clube da Esquina
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Só faltou o Cazuza no estúdio
Quando Rodrigo Santos lançou seu mais recente disco solo e juntou os integrantes do Barão Vermelho em uma faixa, a volta do grupo — em férias por tempo indeterminado desde 2007 — começou a ser cogitada. Mais burburinho que a reunião promovida pelo atual baixista da banda, porém, promete causar o primeiro CD do baterista e cofundador do Barão, Guto Goffi, que convocou a formação original (sem o Cazuza, claro) para compor e gravar uma música, ‘Olho no olho’. Frejat, Dé Palmeira, Maurício Barros e Guto Goffi não entravam em estúdio juntos há mais de 20 anos.
“Gravei 22 músicas, deve virar um disco duplo. Tem outras surpresas além desse resgate do Barão original, como algumas parcerias inéditas com o Rodrigo Netto (ex-guitarrista do Detonautas, que morreu tragicamente em 2006 após ser vítima de assalto no Rio). Não tenho a ilusão de que esse disco vá ser um sucesso, mas depois desses anos todos na estrada, eu precisava mostrar como é a minha concepção de música pop”, antecipa Goffi, que fez até aulas de canto para registrar ele mesmo os vocais.
Provando que a química entre os quatro músicos continua funcionando bem, ‘Olho no olho’ foi feita na hora, durante uma tarde no estúdio de Frejat, na Lagoa, a partir de uma letra de Guto Goffi. “Temos um entrosamento natural e a gravação fluiu superbem, dois ou três takes bastaram”, relata o baixista Dé Palmeira. “Contribuiu o fato de que dessa vez não estávamos na posição de artistas trabalhando sobre pressão de gravadora, rádio ou outro tipo de compromisso que não fosse a simples vontade de tocar juntos”.
Frejat também adorou a iniciativa do baterista de convidar os amigos de longa data para tocar, dar risadas e fazer o que mais gostam. “Uma coisa bonita na história do Barão é que todos que entraram e saíram continuam amigos”, conta o guitarrista.
A volta do grupo aos palcos, no entanto, ainda não tem previsão de acontecer. “O Barão Vermelho é um vulcão que vai entrar em erupção, mas é um vulcão grande, demora um pouquinho para acontecer”, filosofa Guto Goffi. “Em 2012, devemos comemorar os 30 anos do nosso primeiro LP com uma turnê”, anuncia. LSM
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
O último CD do último romântico
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Arlindo Cruz ensina Frejat a tocar banjo e tira onda na guitarra
Frejat, enquanto entusiasticamente tenta tirar um som do instrumento do parceiro, enumera seus ídolos do samba. “Sempre gostei de ouvir samba, Paulinho da Viola, Cartola, Nelson Cavaquinho. Este, por sinal, era um cara completamente rock ‘n’ roll”, define, contrariando a declaração que lhe foi atribuída no filme ‘Cazuza’, no qual briga com o vocalista e decreta que “o Barão Vermelho não pode tocar samba”. “Colocaram isso na minha boca, justo eu que sempre dividi o gosto pelo samba com o Cazuza. É a única coisa que me incomoda no filme”, desabafa.
Na Fundição, Arlindo Cruz conta que vai focar sua parte da noite em seu ‘MTV Ao Vivo’, enquanto Frejat anuncia algumas surpresas, como um pout-pourri de clássicos da música soul brasileira, incluindo Tim Maia e coisas do gênero que o Roberto Carlos gravou.
Finalmente, a dupla define os números que vão dividir no inédito encontro. “Lembro que você gravou o ‘Malandragem Dá Um Tempo’, do Bezerra da Silva”, sugere Arlindo. “Ótimo, mas queria tocar alguma coisa de sua autoria também”, devolve Frejat. Arlindo, então, mostra ‘Dor de Amor’, imediatamente aprovada pelo guitarrista. “A gente se conhece desde o camarim do Chacrinha, mas nunca aconteceu de tocar juntos”, lembra Frejat.
Direção musical
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
'Sertanejo universitário é uma coisa banal', avalia Almir Sater
Na trama exibida em 1991 e reprisada desde junho com sucesso pelo SBT, Sater vive um mulherengo peão de boiadeiro. “O Jaime (Monjardim, diretor) estava encantado comigo e foi muito corajoso por colocar na linha de frente um violeiro recém-estreado na TV”, avalia o cantor, que tinha acabado de fazer ‘Pantanal’. “Só estou conseguindo assistir à novela agora, porque na época a gente ficava sem tempo e tinha um olhar muito crítico”.
O olhar crítico de Almir Sater ainda está lá, só que agora voltado para a música, sob seu inseparável chapéu. “Esse negócio de sertanejo ginasial, ou universitário, nem sei bem, vejo como uma coisa banal. Para me emocionar, tem que ter um pouco de arte. Sem arte, as coisas vão rapidamente se esfarinhar no ar”, prevê o músico.
O que não se esfarinhou no ar, definitivamente, é o badalado verso ‘Ando devagar porque já tive pressa’, um dos campeões de citação em frases de perfil no mundo virtual, do Orkut ao MSN. “Essa música faz parte da vida de muita gente. A letra do Renato Teixeira veio toda pronta, como se ele estivesse psicografando. Eu estava só tocando meu violão, ele recebeu essa mensagem e em dois minutos fizemos música e letra”, relata Sater, que no momento grava um disco com o parceiro dos velhos tempos. LSM